Você sabia que os medicamentos estão entre as principais causas de intoxicações? Segundo os Centros de Informação e Assistência Toxicológica, os medicamentos ocupam a primeira posição entre os agentes causadores de intoxicação no Brasil desde 1994. A intoxicação por medicamentos é um tema relevante, porém pouco discutido na sociedade.
Quase todo mundo tem um “remedinho” na bolsa, ou toma um comprimido sem indicação médica e ainda existem os tratamentos descentralizados com diferentes profissionais. Um dos fatores mais comuns para a intoxicação medicamentosa, é não levar essas informações aos profissionais, e isso pode causar possíveis conflitos entre os itens prescritos.
Quanto maior o número de medicamentos usados simultaneamente, maior a necessidade de atenção às possíveis reações adversas. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a intoxicação por medicamentos é um grave problema de saúde pública mundial, causando morte e sequelas em inúmeras pessoas por todo o mundo.
A intoxicação por medicamentos é definida como uma resposta nociva ou indesejável que ocorre em doses usuais para a prevenção, diagnóstico ou tratamento de uma doença. No caso de pessoas idosas, os sintomas podem ser mais graves devido à menor reserva fisiológica do organismo.
Os sinais e sintomas da intoxicação por medicamentos podem variar de acordo com a quantidade e as substâncias ingeridas. A OMS estima que metade dos pacientes utilizem os medicamentos de forma incorreta. Além disso, que mais da metade dos medicamentos sejam prescritos, dispensados e/ ou vendidos inadequadamente.
Assim, é importante conscientizar a população sobre a importância do uso racional dos medicamentos, prevenindo problemas relacionados ao seu uso. Com isso, o farmacêutico tem um papel importante na prevenção de intoxicação medicamentosa. Sua função será identificar e solucionar problemas pertinentes aos medicamentos.
Como o farmacêutico pode prevenir a intoxicação medicamentosa?
– Se informe sobre todos os medicamentos que o cliente está utilizando, incluindo os de uso contínuo e os de uso eventual;
– Solicite que o paciente leia e siga as orientações do rótulo e da bula do medicamento, além das orientações médicas;
– Recomende que o cliente cumpra, sem interromper ou prolongar o uso do medicamento sem a devida orientação médica;
– Aconselhe o paciente a evitar a automedicação;
– Oriente a armazenar os medicamentos em local seguro;
– É importante que seja orientado que o cliente não reutilize os frascos ou recipientes de medicamentos vazios para outros fins, bem como não usar outros recipientes para guardar medicamentos.
O papel ativo do profissional farmacêutico se faz indispensável. Ele é o profissional habilitado no que se refere ao uso de medicamentos, na orientação quanto a toxidade e a luta contra a irracionalidade medicamentosa.
Esses profissionais podem garantir a qualidade e eficácia dos medicamentos no tratamento, além da segurança e efetividade dos medicamentos dispensados e administrados em prol da saúde das pessoas.
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