Você que trabalha no varejo farmacêutico deve estar atento a uma série de detalhes nas embalagens de medicamentos. Por não ser bens comuns de consumo, mas sim de saúde, os medicamentos estão sujeitos a regras específicas para comercialização, necessárias para garantir a segurança dos pacientes.
Os medicamentos possuem ampla ação, desde a mais simples até as mais complexas, agindo em diversos sistemas no organismo. Existem algumas indicações que são fundamentais para o trabalho dos farmacêuticos. Essas indicações garantem que o medicamento dispensado foi exatamente o prescrito pelo profissional de saúde.
Você já deve ter notado que as tarjas dos medicamentos possuem cores diferentes. A cor das tarjas sinaliza o grau de intensidade dos efeitos colaterais e a ação do medicamento no organismo.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é quem define as sinalizações. Todos os medicamentos precisam passar pelo controle de qualidade do órgão nacional, sendo o responsável por certificar, distribuir e comercializar todos os medicamentos em solo brasileiro.
Conhecer o significado dessas tarjas é muito importante para a prescrição, dispensação e correta orientação aos pacientes. A coloração das embalagens e as informações obrigatórias dos rótulos, serve como guia na venda dos medicamentos, além de categorizar de forma mais clara para os clientes.
Entenda a diferença das tarjas para que seja facilmente identificadas as embalagens dos medicamentos:
Sem tarja: são aqueles medicamentos isentos de prescrição (MIP), não necessitam de receita médica, e sua venda é livre. São poucos os efeitos colaterais ou contraindicações, quando usados corretamente e sem abusos.
Os MIP’s devem cumprir todos os requisitos de qualidade, segurança e eficácia exigidos pela legislação sanitária em vigor.
Os medicamentos isentos de prescrição são utilizados em condições simples, tais como as dores de cabeça, azias ou gripes. Porém, essas indicações de saúde devem ser sempre avaliadas, quanto a frequência e causa, pois podem sinalizar sintomas de uma doença mais grave.
Tarja amarela: é utilizada para sinalizar que o medicamento é genérico. Possui as mesmas características (princípio ativo) de remédios mais caros, que são chamados de medicamentos de referência, porém com preço inferior.
As letras utilizadas nos rótulos para identificação do nome comercial do medicamento e para a denominação genérica dos princípios ativos devem ser de fácil leitura e ostentar o mesmo destaque. A sinalização ainda deve incluir um “G” e o aviso de “Medicamento Genérico”
Quando pertencente ao grupo dos tarjados, além da tarja amarela, a embalagem pode conter, também, a tarja vermelha ou preta, de acordo com o tipo de controle exigido.
Tarja vermelha: esses medicamentos devem ser prescritos pelo profissional de saúde e oferecem risco intermediário de efeitos adversos ao usuário. Eles são divididos em duas subcategorias:
Sem retenção de receita, a farmácia não fica com a receita depois da aquisição do medicamento. Com retenção, a farmácia retém a receita para controle especial. Na tarja vermelha está impresso “venda sob prescrição médica”.
Tarja preta: esses medicamentos precisam de um controle maior na hora de ser adquirido. Geralmente, são fármacos que exercem ação sedativa ou que ativam o sistema nervoso central, podem causar dependência ou levar à morte.
Só podem ser vendidos com receituário especial de cor azul ou amarela, as duas controladas pela Vigilância Sanitária. Só podem ser adquiridos mediante apresentação de prescrição médica que deve ser retirada com o farmacêutico.
Entre as várias informações contidas na embalagem, as tarjas são importantes para identificar e facilitar a venda de medicamentos. É importante saber que todo remédio, até mesmo analgésicos, podem apresentar contraindicações e efeitos colaterais, dependendo da suscetibilidade individual.
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